A PEDAGOGIA PAULO FREIRE – EDUCAÇÃO PARA A LIBERDADE OU SIMPLES POESIA DE UM VELHOTE DOIDIVANAS?




Do jornal mineiro “O Universal” (1825-1842): “Se a cultura do espírito aumenta a felicidade dos homens, não pode deixar de ser grande serviço a humanidade inventar meios pelos quais essa cultura se generalize”.

A proposta da educação brasileira atual é uma falácia. Pior, é uma falácia que se formou pretensiosamente como crítica de toda e qualquer falácia educacional. Em países como o Brasil, o governo não tem outro meio de manter a ordem pública se não com o rigor dos castigos ou com as imposturas de alguma superstição cujos mistérios são conhecidos unicamente pelos poucos que governam.

O chamado “Método Paulo Freire” é um desses mistérios. Um país onde metade dos colégios não estão nem sequer ligados a uma rede de esgoto para saneamento básico precisa de todo tipo de mistificação que possa mascarar a miséria material e intelectual imperante hoje na rede de ensino e em todos os setores da vida e da cultura brasileira. A “pedagogia dos oprimidos” é uma dessas mistificações, que procura, no fundo, encerrar toda a demanda por melhores condições a um mundo de linguajar pseudo-revolucionário “faz-de-conta”, da falsa “consciência crítica”, do subjetivismo e do sentimentalismo mais grosseiros.

O maior problema da educação brasileira, segundo os Paulo-freiristas, é a herança “opressora” de um projeto escolar que desde os primeiros anos da República buscava consolidar os ideais de nacionalidade, reforçando a importância da própria escola para o conjunto da sociedade, inclusive através de comemorações cívicas. Isso porque eles passam a maior parte do tempo martelando sobre a importância da “subjetividade”, a importância do respeito ao subjetivo, mas a subjetividade para eles é apenas do indivíduo isolado, perdido em algum sonho da “utopia” futurista. Não há, para eles, a subjetividade do povo, a subjetividade do grupo orgânico. Essa subjetividade eles desconsideram e negligenciam de forma violenta e desprovida de qualquer empatia. Mas diga-se de passagem, claro está que tudo isso só vale para a nação Brasil e para a cultura “branca”, “eurocentrada”. É muito comum vermos atualmente uma educação direcionada a quilombolas, tribos ou grupos indígenas com um currículo que carrega as marcas da sua suposta cultura de origem, como o estudo da língua tribal, a ritualística, a ancestralidade, o conhecimento dos mais velhos, os laços de consanguinidade e a mitologia.  Isso porque segundo eles, toda educação supõe uma visão de mundo, um projeto de sociedade. Menos a educação da nação Brasileira como um todo, como se o Brasil fosse apenas o projeto dos brancos perversos. Só uma pedagogia é libertadora: a pedagogia dos escravos, se é que essa pedagogia realmente existe. Qualquer semelhança com a ideia de “moral dos escravos” ou dos “frustrados” a que se refere Nietzsche não parece ser mera coincidência.

Para o Paulo-freirismo, os esforços empreendidos a partir da década de 30 para que se organizasse um plano nacional de educação – ainda que buscando garantir uma educação pública, laica e obrigatória – também não servem. Naquela época havia o patriotismo e a valorização de corpos saudáveis que seriam os garantidores de pacificação, civilidade e, por consequência, disciplina. Disciplina, esse parece ser o termo chave, o espinho na carne dos nossos educadores progressistas. A disciplina jamais poderia se tornar referência para um projeto educacional brasileiro. Melhor é como está agora, com drogas, violência - tanto direcionada a alunos como aos próprios professores - e por fim o péssimo rendimento dos alunos que demonstram índices escolares baixíssimos.

Creio que a melhor prova do descaso, desrespeito e ignorância dos nossos educadores com relação ao povo brasileiro tenha sido a eleição de Jair Bolsonaro. No final das contas, o que contou foi uma pauta relativa a educação, onde Bolsonaro se colocou contra a implantação da sexologia e dos “estudos de gênero” nas escolas. O percentual expressivo de votos que ele recebeu é um indício estatístico do nível de rejeição que as famílias tinham em relação a esse tipo de material posto em sala de aula. Mas a dita “esquerda” não aprende a lição. Ou melhor, não é do interesse dela aprender. Estão cuspindo na cara do Brasil inteiro, sem o mínimo respeito pelo sentimento do povo. Dane-se a democracia, afinal! Se o povo é conservador, o povo que se transforme, se o povo está incomodado, o povo que se mude – pensam eles.  

Não pense que isso se trata de “doutrinação”, não é doutrinação, segundo eles, pois doutrinar é oprimir. Trata-se de “conscientização”. Como quem diz “não se trata de violentar, trata-se de agredir”. Mudam-se as palavras como se as realidades correspondentes fossem se transformar juntas em um passe de mágica. Para eles não é o conteúdo que importa, é o “senso crítico”. Qual o resultado? Como os alunos não tem conteúdos, não são capazes de fundamentar uma crítica autônoma, então adotam a crítica do professor. Essa é a educação “libertadora” onde os alunos aprendem a mimetizar um discurso político e nada mais do que isso. Sem conhecimento não é possível produzir conhecimento, dizia o ditado “Ex Nihilo, nihil fit”, ou seja, nada surge do nada.  

Mas não pense também que os pedagogos vão aceitar qualquer crítica desse tipo. Toda a educação “crítica” a que eles conduzem só serve para criticar aos outros, nunca para aceitar a crítica alheia em relação a eles mesmos. Muito ainda poderia ser dito, mas não é a proposta aqui estendermo-nos ainda mais. A educação brasileira atual se resume a uma falácia, como dissemos no início, da mesma forma o “paulo-freirismo” com a qual ela está impregnada. Seu patrono, Paulo Freire, nunca teve nada realmente a transmitir, a não ser um palavrório poético meio tosco, coisas como: “Ninguém é sujeito da autonomia de ninguém. A autonomia, enquanto amadurecimento do ser para si, é processo, é vir a ser”.
Lendo essas palavras que não dizem nada realmente, lembro-me da minha época de rapazola, quando os jovens hippies vagabundos perambulavam pela rua vendendo poesias ruins por preços simbólicos. Paulo Freire parece um desses vagabundos, mas o preço que o Brasil vem pagando pela sua poesia não é nada simbólico, pelo contrário, é o que há de mais exorbitante. Estamos perdendo não só recursos, mas sacrificando o próprio futuro da nossa juventude e consequentemente da nossa nação.


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