O caso Amber
Heard versus Jhonny Depp não para de repercutir, mas a cada nova notícia faz
surgir a impressão que a fofocaria costumeira e ordinária da vida vazia e
medíocre dos famosos está indo para um outro nível. O espetáculo proporcionado
por esse casal está ultrapassando todos os limites do mundo do cinema e vai
ficar marcado na história desses dois como sua melhor performance jamais
encenada. Como dizem, a realidade pode ser mais absurda que a ficção, porque
não está restrita a aquilo que pode ser imaginado.
Nenhum outro caso parece ter tido contornos tão bizarros somado a uma cobertura
tão grande, com tanta repercussão no mundo todo. Mas acima de tudo, o que chama
mais atenção é como se desvela de forma ainda mais contundente e mais crua os
elementos grotescos que por vezes compõe o cotidiano do “life style” tão cobiçado
dessa classe artística milionária, colocando em evidência a personalidade doentia
por trás desses rostos maquiados que crescemos acostumados a ver nos cinemas e
na televisão.
A princípio, tudo parecia se tratar de narcisismo, ambição, egoísmo, chantagem,
humilhação e codependência. Mas como se nada disso bastasse, há um ditado americano
que diz “The Devil is in the details” (o Diabo está nos detalhes), as
declarações - testemunhadas de modo escrachado para todo o mundo – incluem uma
série de agressões e ameaças em meio a surtos maníacos regados a todo tipo de
droga e bebida, e tudo com um caráter extremamente fetichista e sadomasoquista. O ponto alto do
julgamento até então foi a suposta violência sexual praticada por Depp. Depois
de alegar que Amber teria literalmente evacuado em sua cama, Depp foi acusado
de ter praticado uma série de inserções em Amber com garrafas de bebida. Daí, tudo
passou a girar em torno desses episódios, narrados nas suas mínimas
especificidades, sendo a principal questão a forma geométrica das garrafas,
posto que as garrafas enfiadas até o útero de Amber eram quadradas e não cilíndricas.
A mim, particularmente, o sentimento que fica - independente de as acusações de
agressão serem todas verdadeiras ou não – é que os relatos transmitem uma atmosfera
de terror psicológico. Jhonny Depp, famoso e consagrado por protagonizar em
filmes sombrios que envolvem suspense e horror com pitadas de comédia, reproduz
agora seu personagem, onde representa o drama da inquietude verdadeiramente infernal
da vida privada das elites. Pensando por esse lado, parece muito verdadeira
aquela máxima de que “A vida imita a arte”. Infelizmente para nosso estimado
Jhonny, esse filme de terror da vida como ela é não é dirigido pelo Tim Burton
e sim pelo Capeta!
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