Mesmo afrontando diretamente a aceitação e preferência do público, há muitas pessoas que continuam a gastar dinheiro para se entreter com o conteúdo proposto a contrapô-lo. Hollywood mostra que possui poder de desagradar a qualquer um e continuar essencial à vida de milhões de pessoas.
A estratégia já foi usada em várias outras vezes como forma de desenvolvimento e coleta de informações. O primeiro filme que obteve bilheteria através da crítica negativa foi Quarteto fantástico (Josh Trank, 2015), o filme trouxe a experimentação da troca de personagens notórios por efeitos gráficos e atores com diferentes etnias em relação à sua apresentação original. A princípio, a expectativa era de melhora em questões de realismo no roteiro e efeitos especiais, mas o filme não cumpre nada do que promete e sequer parece pertencer a franquia Marvel. Os sites de crítica como o Adorocinema mostram que a crítica do filme foi péssima, obtendo 1,9 de 5 estrelas da mídia e 2,3 do público. Josh Trank é praticamente um novato na indústria mas obteve financiamento massivo em suas ideias. Após críticas pesadas ao filme, os assistentes do estúdio revelaram que Trank é muito talentoso mas não possui habilidades básicas. "Não questiono seu talento. Você não faz Poder Sem Limites por acidente, mas ele parecia um daqueles jovens que chegam na NBA com muito talento, mas sem muitas habilidades básicas. Existem ferramentas que ele não tem ainda", disse uma fonte ao THR. O diretor também foi definido como "errático", "muito isolado" e "indeciso".
Havia um convite da Disney para que o diretor dirigisse um spin-off de Star Wars mas o convite foi desfeito ao ver o fracasso da opinião do público ao filme de Trank. A bilheteria foi ruim e a Disney/Fox/Marvel tiveram que repensar a estratégia.
A série Titans (2018) foi um laboratório parecido; agregar públicos de diferentes gostos, aumentando os rendimentos do estúdio na tentativa de unificar o público da ficção com o público do ativismo social, outra tentativa que falhou. A série já existia no papel em 2014 e foi resgatada pela Netflix em 2018 com a expectativa de que o ativismo a favor da releitura seria o suficiente para obterem retorno. A crítica da mídia foi mais suave dessa vez, mas o desempenho da série sequer foi satisfatório aos olhos dos próprios ativistas, que não foram audiência suficiente para manter a série em alto resultado.
Os estúdios passaram a ter então, uma nova estratégia. Deixaram de substituir personagens e passaram a introduzir pessoas do seu interesse ativista de forma subjetiva. O filme O rei Leão de 1994 está previsto para ser lançado em 2019 com a cantora Beyonce fazendo a voz de um dos personagens principais. O que levanta a suspeita para a escolha é o fato de que houve uma preferência majoritária a pessoas de ideias progressistas na produção do filme, como Donald Gloover, Seth Rogen, John Oliver, Chiwetel Ejiofor, Billy Eichner, todos personagens principais da trama.
A releitura do filme Aladdin lançada em 2019 foi uma tentativa mais tradicional de fazer bilheteria, pois o público da internet já pedia um reboot do filme e a insersão do ator Will Smith, então o estúdio só teve que esperar a hora certa e cumprir o fanservice. As produtoras do Brasil porém, a esse ponto já estavam habituadas a associar a produção ao progressismo, e escalaram uma drag queen que estava faturando no Spootify para aumentar bilheteria, usando Daniel Garcia, que interpreta a personagem Gloria Groove para dublar o personagem principal. Apesar da escolha não surpreender, já que o ator tem as costas quentes na televisão e já trabalha com a Disney do Brasil e a música pop a vários anos.
A escolha de mudar a etnia da pequena seria não é exercer da liberdade poética que as histórias permitem, e sim um provar de ponto para os ativistas do progressismo, de que podem inferir às memórias do imaginário coletivo e refazê-lo a seu próprio critério. A crítica negativa acaba aumentando a publicidade como um Trevor's Axion, onde usuários de redes sociais criticam ao filme e outros usuários criticam as opiniões dos antecessores. A fórmula perfeita está sendo desenvolvida; o ativismo político está em destaque no cinema e quanto mais choque puderem causar ao público, melhor vai ser o engajamento da bilheteria.
A cor do personagem é apenas uma distração dessa forma nova de marketing subversivo que está sendo desenvolvida, onde quebrar a propriedade das ideias é a principal forma de mostrar que a indústria pop possui poder de criar ídolos, refazê-los e também destruí-los, como vêm acontecendo com os rumores a respeito de Michael Jackson. Mesmo tendo duas denúncias e ter sido inocentado em ambas, surgem movimentos na tentativa de difamá-lo. O propósito é mostrar que nem mesmo o homem eleito pela indústria pop como rei está isento da possibilidade de perder o trono. Mostrando que até mesmo o mais alto patamar pode ser desfeito, a indústria tenta fazer de si uma divindade, onde ninguém que a ela pertence terá plenitude e nenhum artista poderá se sentir importante ou sucedido o bastante para abandonar a submissão.http://www.boxofficemojo.com/movies/?id=fantasticfour15.htm
http://www.adorocinema.com/series/serie-18615/
https://edition.cnn.com/2017/11/01/entertainment/lion-king-beyonc-cast/index.html
https://cinepop.com.br/aladdin-gloria-groove-fala-sobre-dublar-o-personagem-titulo-na-versao-brasileira-209512

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