NOVA ORDEM MUNDIAL
Você
certamente já se deparou com este conceito. A ideia de Nova Ordem Mundial não é
recente; em geopolítica, Nova Ordem Mundial se traduz, principalmente, como uma
nova configuração entre as relações políticas internacionais a partir do fim da
guerra fria. Com a dissolução dos dois grandes blocos representados por Estados
Unidos e União Soviética, respectivamente, há um rearranjo das forças no
cenário da geopolítica global, falando-se a partir de então do surgimento de
vários blocos ao invés de apenas dois grandes opositores, e consequentemente em
uma ordem multipolar, ou na assimilação dos blocos em uma única ordem apolar.
No entanto, independente dessas especulações,
é fato que o caos não pode imperar nas relações internacionais, havendo muitas
disparidades entre o poder e a influência das nações umas sobre as outras, uma
verdadeira hierarquia, onde países mal colocados econômica e politicamente são
submetidos e instrumentalizados por superpotências ou por outras forças capazes
de subjugar uma nação, pondo em cheque sua soberania ou mesmo impedindo que ela
se exerça.
O que nos interessa, no entanto,
é a perspectiva mais corrente, e também a mais polêmica – diga-se de passagem
- que é aquela da Nova Ordem basicamente
como sinônimo de poder e de governo global unificado. Não obstante essa ideia
esteja comumente associada ao conspiracionismo, vamos seguir essa linha
observando aquilo que tem se destacado dentro deste debate.
Nesse
sentido, nós podemos dizer de antemão que entendemos que há realmente um
projeto de poderio global, sem, no entanto, sermos capazes de apontar com
precisão em qual etapa desta Nova Ordem nós estaríamos. O que é possível notar é
que essa ordem é forjada a cada dia, hora mais rápida, hora mais lentamente, o
que pode ser visto em uma série de marcos simbólicos que são seguidos e
acompanhados por transformações mais ou menos radicais. Por fim, também é
possível notar que a nação brasileira surge como um elemento chave dentro deste
projeto.
NAÇÕES UNIDAS
1919, os vencedores da primeira guerra mundial assinam o que ficaria
conhecido como “Tratado de Versalhes”, cujo propósito seria o de pacificar a
Europa e prevenir novos conflitos, mas que submeteu a Alemanha a duros termos
de rendição, com uma série de pesadas imposições que incluíam a perda de parte
do território alemão e até mesmo a ocupação de seu território por tropas
estrangeiras.
Neste cenário é instituída a Sociedade das Nações, como um parlamento mundial
permanente que também teria sido constituído com propósitos pacificadores. Este
órgão internacional foi dissolvido após outra grande guerra mundial, em 1946,
incapaz de exercer seu papel na preservação da paz, mas foi o precursor da
futura ONU, a Organização das Nações Unidas.
O documento que estabeleceu a ONU foi a Carta das Nações Unidas, confeccionada
na Conferência das Nações Unidas sobre Organização Internacional e o documento
elaborado encontra-se em vigor desde que foi convencionado. Desde que foi
criada, a ONU instaurou uma série de comissões, assembleias e comitês que votam
e elaboraram projetos de pesquisa e implementação de medidas administrativas e
governamentais ligadas a praticamente todos os âmbitos da política e da
sociedade, com um enfoque na promoção do Direito segundo seu entendimento do
que deve ser um regulamento padrão universal para toda a humanidade, na
cultura, na economia, nas relações sociais e nas relações internacionais.
Um dos principais órgãos da ONU até 1994 foi
o “Conselho de Tutela”, que era responsável por assumir e manter a
tutela de nações e territórios considerados pouco desenvolvidos, coordenando
medidas educacionais e assegurando, nessas regiões, proteção de propostas
relacionadas a ideia de direitos humanos.
A ONU também conta com uma Corte Internacional, órgão dedicado a
tratar de questões jurídicas, que é também chamada de "Tribunal
Internacional de Justiça" ou "Corte Mundial", podendo atuar
tanto em situações contenciosas quanto em consultivas, e todos os membros da
organização são obrigados a respeitar as decisões da Corte, que é constituída
por quinze juízes.
A AGENDA
2030
Como podemos ver, toda a ONU foi modelada desde o início como uma
instituição governamental e em torno de propostas e metas de governança global.
De acordo com suas diretrizes, seus principais objetivos são o arbítrio
mundial, a regulação das relações internacionais e a promoção do denominado
“desenvolvimento sustentável”. Nada disso pode ser efetivado sem um poder real
de mobilização, influencia, e até mesmo coerção.
A ONU atua através da diplomacia, junto as forças militares e empresas. Essa
atuação deve ser alvo de análises detalhadas. Mas por enquanto o que nos
interessa é o plano de ação lançado pela ONU em 2015 chamado AGENDA 2030. O
plano está delineado em um documento intitulado “TRANSFORMANDO NOSSO MUNDO: A
AGENDA 2030 PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL”.
Este documento foi lançado como uma síntese de um longo debate internacional em
torno de problemas e anseios de todos os países, a descrição dos desafios a
serem enfrentados, dos objetivos gerais e metas para transformação de toda a
sociedade e da realidade da vida no planeta. Assumidamente ambicioso, no
entanto, não deixa explícito em nenhum momento que, pela sua própria natureza e
estrutura, o documento é, nada mais nada menos do que um manifesto político.
Como veremos nas entrelinhas do manifesto, é possível ler o esboço da promoção
de um ideal social e de uma utopia, bem como de um projeto de poder totalitário
onde não haverá saída para os dissidentes.
Poderíamos dizer, dessa maneira, que há uma agenda discreta ou até mesmo
uma agenda oculta, ou seja, uma agenda por trás da agenda.
“Estamos decididos a
libertar a raça humana da tirania da pobreza e da privação e a sanar e proteger
o nosso planeta. Estamos determinados a tomar medidas ousadas e transformadoras
que são urgentemente necessárias para colocar o mundo em um caminho sustentável
e resiliente. Ao embarcarmos nessa jornada coletiva, comprometemo-nos a não deixar
ninguém para trás”.
A
AGENDA OCULTA
O plano de ação da ONU não é o mero resultado da cooperação de vários países a
fim de resolverem problemas em comum. Trata-se de um programa de governo. Seus
objetivos e metas, são objetivos e metas de governabilidade. No centro desse
programa está a ideia de “Desenvolvimento Sustentável”, que embora não tenha
uma definição clara, é mencionada mais de cem vezes no texto. O Desenvolvimento
Sustentável, dentro do programa político, corresponde ás condições necessárias
para a estabilidade do regime.
“Não pode haver
desenvolvimento sustentável sem paz, e não há paz sem desenvolvimento
sustentável”.
Todos os princípios, objetivos e metas funcionam de uma forma bastante
esquemática e classificados em níveis de implementação. Primeiro, o nível da
BIOSFERA, que corresponde ao controle dos recursos, ecologia, meio ambiente e
geopolítica. Segundo, SOCIEDADE, que corresponde ao controle das instituições,
da cultura, da educação, do urbanismo, da medicina e etc. Terceiro, ECONOMIA,
corresponde ao controle das finanças, da produção, do consumo, da indústria e
etc. Por fim, no topo da pirâmide, o princípio e objetivo mais importante, que
é o das PARCERIAS, que corresponde propriamente ao Estado ou ao governo
mundial. Suas metas giram em torno da regulação da parceria como um sindicato
global, lidando com o financiamento, a arrecadação e os acordos
econômico-políticos a nível mundial.
“Estamos determinados a mobilizar os meios necessários para implementar
esta Agenda por meio de uma Parceria Global para o Desenvolvimento Sustentável
revitalizada, com base no espírito de solidariedade global fortalecida, com
ênfase especial nas necessidades dos mais pobres e mais vulneráveis e com a
participação de todos os países, todas os grupos interessados e todas as
pessoas. As interconexões e a natureza integrada dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável são de importância crucial para assegurar que o
propósito da nova Agenda se concretize. Se realizarmos as nossas ambições em
toda a amplitude da Agenda, todos sentirão melhoras sensíveis em suas vidas e
nosso mundo será melhor”.
“Reafirmamos nosso firme compromisso com a plena implementação desta
nova Agenda. Reconhecemos que não seremos capazes de alcançar nossos ambiciosos
Objetivos e metas sem uma Parceria Global revitalizada e reforçada e sem meios
de implementação comparativamente ambiciosos. A Parceria Global revitalizada
facilitará um engajamento global intensivo em apoio à implementação de todos os
Objetivos e metas, reunindo governos, sociedade civil, setor privado, o Sistema
das Nações Unidas e outros atores e mobilizando todos os recursos disponíveis”.
BRASIL NA AGENDA GLOBAL
Segundo
dados da própria ONU, em um período de vinte anos, entre 1938 e 1958, o Brasil
ascendeu do terceiro para o primeiro lugar como país mais industrializado,
dentre todos os outros da América Latina. No que tange a indústria de extração
de recursos naturais, no entanto, o Brasil permanecia bem atrás de outros
países como a Venezuela. A partir da década de setenta e oitenta, a ideologia
ambientalista emergiu como grande capital político, e o Brasil se tornou o
maior alvo das políticas ambientais. Em 1978 foi assinado o Tratado de
Cooperação Amazônica, em vista de começar a limitar a autonomia dos países
amazônicos em relação a esse que é um dos biomas mais importantes do planeta,
constituindo uma reserva estratégica com particularidades que a tornam única e
rica em recursos imprescindíveis para a humanidade.
A área delimitada como Pan-Amazônica ou
Amazônia Internacional, é composta por enormes partes periféricas de todos os
países que integram seu território, sendo uma região muito isolada e
incivilizada. Nesse contexto obras como
“A Geopolítica da Pan-Amazônia” do Gen. Carlos de Meira Mattos surgem em defesa
da ocupação da Amazônia pelo Estado brasileiro como um objetivo estratégico. A
ideia era “Integrar para não entregar”. Porém, com a consolidação e onipresença
do ambientalismo, a geopolítica da conquista econômica da Amazônia pela própria
civilização brasileira foi sendo cada vez rechaçada com mais virulência pela
mídia e pelas forças internas e externas.
Tendo como pretexto sempre o alarmismo e o catastrofismo ambiental, bem como
uma suposta superioridade em embasamento científico, a ONU criou em 1983 a
Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, cujos trabalhos
resultaram no Relatório Brundtland, que enfatizou a íntima associação entre
pobreza, subdesenvolvimento e dano ambiental, sedimentando o conceito de
Desenvolvimento Sustentável. O relatório também recomendou a convocação de uma
conferência internacional a fim de discutir os avanços e necessidades não
atendidas desde a Conferência de Estocolmo, o que se concretizou em 1992 na
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, também
conhecida como Rio-92 ou ECO-92. A Conferência produziu uma série de documentos
importantes, entre eles a Carta da Terra, a Declaração do Rio sobre Ambiente e
Desenvolvimento, a Convenção sobre a Biodiversidade, a Convenção sobre as
Mudanças Climáticas e a Agenda 21, estabelecendo compromissos e metas a serem
alcançadas pelos países signatários.
A partir do momento que uma nação aceita esses compromissos, passa a ter a
incumbência de participar de ações conjuntas sob a bandeira da ecologia, como as
medidas de redução de impactos das mudanças climáticas. Devem seguir todos os parâmetros
criados pelas ONGS em nome da proteção, conservação e gestão sustentável das
florestas e da biodiversidade, independente do impacto econômico e sócio-político
que isso possa ter, e como se esse prejuízo e desvantagem não fosse suficiente,
tais países devem estar comprometidos também financeiramente com esse trabalho.
Por trás da fachada do crescimento harmônico e da gestão integral, está a
exploração e aplicação de um neo-malthusianismo feroz, que impõe os maiores
limites ao progresso e os maiores boicotes aos produtores e a indústria.
A última
realização das instâncias internacionais foi inserir no programa as reivindicações
ambientais de povos indígenas e dos quilombolas, sem que elas precisem passar
pelo crivo do Estado e da opinião pública brasileira. Fica determinado ser
imprescindível a inclusão e a participação de povos indígenas e comunidades
tribais na gestão dos recursos naturais. Concorrendo com isso, está a política
educacional diferenciada para os indígenas, que é liderada pelas ONGS e por
forças estranhas, como a entidade chamada “Brazil Foundation” que é suportada
por empresas do grande capital como o banco Goldman Sachs, a Microsoft e o
Google.
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