Romantismo: o culto a depreciação emocional

Romantismo: o culto a depreciação emocional



Numa sociedade onde os homens são acostumados a suprimir e esconder seus desejos e instintos de estarem sempre querendo mais, é fácil explorar suas fraquezas; aprisioná-los, adestra-los,  contrariá-los e fazer tudo isso convencendo-os de que estão tendo uma experiência sentimental digna de ser apreciada. Vê-se isso em músicas românticas em que sempre se é o agente que sofre ação emocional, desenhos animados feitos para adultos frustrados sentimentalmente, séries onde personagens exploram desejos reprimidos e filmes que são apenas uma miscelânea de situações propensas a causar comoção emocional na intenção de fazer o público se sentir na pele do personagem refém de um mundo que o aflige.

Com a globalização da cultura e grande fortuna aplicada em métodos de apuração
de interesses mútuos, ferramentas cognitivas e massivas propagandas, as empresas e
instituições conseguiram formular equações que permitem dizer o que agradará a massa
do seu público alvo. A cultura já não é um interesse do povo construído e preservado
por si mesmo, é um produto sintético que visa induzir as pessoas a gostarem e viciá-las
em tais estímulos proporcionados pelo mesmo.
Músicas populares não mais visam agradar o povo e sim conduzir um desequilíbrio
emocional que induz as pessoas a compactuar viciosamente com algum comportamento.
Por exemplo: os romances são feitos para levarem as pessoas a se verem no lugar do eu
lírico e este por sua vez, sofre efeito melancólico da situação em que é encontrado.
Então, Os compositores visam expressar pontos de vista que conduzam o público a
acreditar que essa situação dramática é bela e digna de ser apreciada. Assim, as pessoas
se agradam ao criar empatia com o sofrer e adotam o comportamento melancólico
que fora apreciado na composição para sua vida.
O romantismo é veneno para o homem.
O ideal feminino visa o romantismo como um doce sacrifício proveniente do homem,
impulsionado por um sentimento desinteressado e sincero. Filmes do gênero, músicas
e livros, usam sempre o homem como aquele que se lança no viés confuso e contraditório
do interesse feminino, que é visto como algo divino e sublime.
Filmes como Titanic (James Cameron, 1997) cuja protagonista é salva pelo "mocinho"
que lhe entrega a sua própria vida, mostra como o até então segundo filme de maior
bilheteria na história do cinema é um exemplo do objetivo do romantismo feminino;
geralmente não é viver junto em harmonia e sim receber a vida do homem numa troca.
Ao contrário do ideal romântico masculino, que visa conforto em uma fantasia
utópica de que uma mulher poderia desejar uma vida tranquila e regrada ao lado de
um homem.
Mostrando portanto, que a psique feminina cobiça a vida do homem como uma moeda
de troca pelos seus caprichos.
Mulheres são afetivamente sádicas.
Quando um homem é influenciado pelo ideal feminino de romantismo, ele passa a
acreditar que a sua vida é apenas um propósito material para massagens contínuas
no ego feminino e inconscientemente ele as põe em um pedestal, se tornando um mero
servo acorrentado a sua dependência emocional, que o devora vivo e consome todo
o seu afeto para no final, ela dispensar e substituí-lo por outro que lhe sirva melhor como
ferramenta de conforto para a nova fase decorrente em sua vida.
O homem é então abandonado por conta de sua proveniência emotiva depois que seus
serviços já não se fazem necessários, após ter sido iludido pelos encantos sedutores
e não ter sido interessante o bastante para despertar a atenção e o interesse da mulher
a qual cobiçava. Mulheres são hipergâmicas na maior parte das vezes; só se interessam
sexualmente ou amorosamente por aqueles que são superiores a elas em relação a sua
percepção de necessidade social. Apesar disso não as impedir de suprirem sua necessidade
de ter o ego alimentado através da manipulação de homens que são desinteressantes
ao seu ver, que sempre as rodeiam e as cortejam na esperança de serem piedosamente
escolhidos para uma relação afetiva. São cercadas de regalias emocionais e apoio social
por homens que elas não possuem nenhum interesse romântico verdadeiro, mas que
continuam sendo mantidos na ilusão de terem uma chance de as conquistar, sem serem
respondidos que sim ou que não. Estes homens manipulados, estão presos na
ilusão do talvez.
O romantismo põe de lado os reais sentimentos que construíram grandes homens ao
decorrer da história. Nenhum imperador que se saiba, deixou suas conquistas de lado para
se entregar a uma paixão inconsequente e continuou próspero. Nenhum grande guerreiro
abandonou a guerra por achar que esse não seria o melhor plano para o futuro do seu povo.
O mundo atualmente têm induzido as pessoas a acreditarem que os seus interesses
sentimentais tem maior importância do que quaisquer outros e isso vai contra todo
o conceito sobre qual a sociedade foi criada em cima; de que para um bem maior, muitas
vezes é preciso abandonar seu ego, pois não existe vitória sem sacrifício.
Isso não é apenas visto na filosofia, também é o conceito chave da religião.
A fé é a confiança em algo que está além da nossa percepção e capacidade.  
Porém, o ser humano passou a encarar o mundo de forma egocêntrica, como se não
existisse nada além da sua própria percepção e como se nunca pudesse exceder a sua
própria capacidade. É importante que os homens saibam que a vida não se resume
apenas ao que compreendem. Quando fazem isso, estão se aprisionando em sua própria
mente e sendo ignorantes para toda a extensão real da vida, que vai muito além
de si mesmos.
Mulheres são mestres na arte da ambiguidade emocional – termo utilizado pelo escritor
Nessahan Alita –  por que se aproveitam do anseio que os homens possuem por uma
conclusão lógica de tudo, já que não são bons em lidar com emoções e então, tentam
mantê-los nessa prisão de dúvida sobre quais seriam as reais intenções e sentimentos delas
no relacionamento. Assim elas fazem seu harém egocentrista, com inúmeros pretendentes
que as desejam como cônjuge mas não obtêm uma resposta conclusiva para suas propostas
e continuam as cortejando, na esperança de um dia recebê-las. Acabam sendo apenas
alimento para a mente vaidosa e pomposa de uma Femme fatale. Lhes oferecem muito
do seu afeto, seu tempo e até de bens materiais, sem receber nada em troca além da
ilusão do talvez. Apesar disso, grande parte dos homens não percebem tal manipulação
e acreditam na falácia sobre a existência de uma amizade desinteressada entre homens e
mulheres, pondo em contrariedade a sua própria intuição biológica de consumar
o máximo número de mulheres possíveis e despertar interesse a todas que tenham mínimo
valor atributivo. Enquanto as mulheres, continuam assumidamente a escolher apenas
aquele homem que é considerado o melhor e nada perdem ao fingir amizade com aqueles
homens que consideram inferiores.
Nesse jogo de interesses, o homem
romantizado é quem sempre sai perdendo,
pois foi moldado a acreditar que a sua vida
nada mais é do que um adorno feminino
que fantasiosamente poderia ser
recompensado pelo seu esforço em
agradá-la.
Este lúdico acredita que conhecerá uma
mulher que possui interesse amoroso
verdadeiro em um homem que se submete
a satisfazer os caprichos dela e deixa os seus
próprios interesses de lado.

– capítulo retirado do meu livro A depreciação emocional do homem, ainda sendo escrito –
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