A liberdade é um fator condicionado e seu propósito é contraditório em si mesmo. Sendo um valor abstrato que não pode ser deferido na prática, depende sempre de um segundo fator como referência para que seu valor possa ser reconhecido.
Um canário na gaiola se faz calado, indignado por não estar livre como o pardal que o olha pela janela, que vive a voar e explorar frutas frescas nas copas das árvores e insetos fartos. Porém, o pardal não pensa o mesmo, já que não é livre como o canário para apreciar a vida. Vive em função de fugir de gaviões e procurar comida por mérito próprio… mal tem alguns minutos em que pode se distrair e se dedicar a exercer seu canto. Sente-se aprisionado, enquanto aprecia a vida durante os segundos em seus vôos rasantes. Rasantes estes, invejados pela galinha que vive no quintal. Esta, possui a vida fácil do canário e a liberdade do pardal, porém não voa nem canta. Olha para cima e deseja uma vida em que fosse capaz de perseguir suas presas e orgulhar-se em alto e bom tom, não precisando de viver ciscando e fardada a ter no máximo da luxúria, vermes como refeição.
A liberdade se difere em cada ocasião e é objeto de desejo não percebido por aquele que a possui, até que o questione por passar a ansiar um ideal que esteja fora do seu alcance. Seu reconhecimento apenas pode se dar através de parâmetros externos.
A liberdade se difere em cada ocasião e é objeto de desejo não percebido por aquele que a possui, até que o questione por passar a ansiar um ideal que esteja fora do seu alcance. Seu reconhecimento apenas pode se dar através de parâmetros externos.
.



Nenhum comentário:
Postar um comentário